O mercado imobiliário mudou muito ao longo das últimas décadas. Os ambientes amplos e confortáveis deram espaço a apartamentos bem menores e muito modernos.

Toda essa adaptação não foi por acaso. Diferentes mudanças de comportamento contribuíram para a diminuição das residências. Veja a seguir o que mudou com o passar dos anos.

Apartamento antigo: antigamente, era comum encontrar apartamentos retangulares e de 100 m² ou mais. Além disso, existiam muitas opções longe dos centros comerciais e em bairros mais afastados e com pouco fluxo de pessoas.

Apartamento atual: hoje em dia, grande parte dos apartamentos tem de 40 a 50 m². Algumas opções, em especial, chegam a ter somente 30 m². Quanto à localização, a maioria das novas residências está muito bem estabelecida, a poucos metros das áreas empresariais e bem próximas de metrôs.

Ainda vale lembrar que essas mudanças afetam o segmento imobiliário como um todo, mas principalmente nas cidades maiores e nos grandes centros urbanos, como as capitais, onde os cidadãos buscam apartamentos mais próximos às empresas onde trabalham, com foco na redução dos deslocamentos diários.

Confira a mudança a cada década

Para poder visualizar de uma forma mais clara a mudança nos apartamentos, é importante ver as transformações que esse ambiente sofreu ao longo das décadas. Nos anos de 1970, o comum eram prédios de apenas uma torre, e grande parte não possuía garagem.

Em 1980, o número de torres aumentou e as opções de lazer também se ampliaram. Já em 1990, os prédios começaram a ficar ainda mais amplos, oferecendo uma série de ambientes especiais aos moradores, como, por exemplo, as saunas.

Em 2000, os empreendimentos tornaram-se enormes e até passaram a ser comparados a resorts. Em contrapartida, a partir de 2010, os apartamentos foram ficando menores e com ambientes mais otimizados.

Mas por que aconteceu essa diminuição de espaço?

A redução do espaço nos novos apartamentos aconteceu devido a diferentes motivos, entre os principais, pode-se citar:

novo estilo de vida: muitas pessoas estão mudando o estilo de vida e preferindo morar em locais mais movimentados e que sejam próximos de seus trabalhos e de diferentes opções de lazer, como bares e shopping centers;

apartamentos de 1 quarto: outra mudança que causou transformações nos apartamentos foi a opção de morar sozinho, alternativa para os solteiros. Muitas pessoas estão preferindo ambientes com um único quarto, já que preferem não dividir a residência com outras pessoas;

bairros muito valorizados: atualmente, muitos moradores também recorrem a bairros mais valorizados na hora de alugar ou comprar um apartamento. Os locais mais afastados do centro acabam não tendo uma grande procura.

Para que as residências sejam bem localizadas e ainda possuam um valor atrativo, as construtoras começaram a diminuir os espaços dos apartamentos para manter o custo-benefício.

Números dos últimos anos

De acordo com os dados divulgados pelo Secovi-SP, em 2017, os apartamentos de até 45 m² representaram mais de 42% dos lançamentos na cidade de São Paulo. Em 2016, essa porcentagem não ultrapassava os 30%. Todos esses números confirmam o quanto a tendência de apartamentos menores vem crescendo e conquistando os clientes.

Já ouviu falar nos studios?

Essa mudança na construção dos apartamentos acabou trazendo um novo conceito ao mercado: os studios. Essa definição chegou recentemente ao Brasil, mas já existe há muitos anos nos Estados Unidos.

Entende-se como studio os apartamentos com uma média de 30 m² e que possuem ambientes totalmente integrados, funcionais e que valorizam a simplicidade e a praticidade. Os studios também requerem uma ótima mobilidade e, por isso, são construídos em locais movimentados e de fácil acesso.

Quer saber mais sobre o assunto?

Diante de todas essas mudanças e da redução significativa das plantas dos apartamentos, tornou-se fundamental apostar em um bom projeto de arquitetura, que seja capaz de otimizar apartamentos pequenos de maneira estratégica. A dica é integrar os espaços e valorizar os ambientes.

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